sexta-feira, 21 de maio de 2021

Efémera quimera

 

"Broken people get recycled"


Meu anti-heroí, ler-te doí-me,
a dor da felicidade por te ter, sem o saber, tão próximo, tão longe.

Pasmo pela tua sageza, pela tua incerteza,
correm-me as lágrimas pelo teu quinhão de desalento,
quantas vezes foi meu, sempre presente, sempre nefasto, bem mais gasto pelo tempo.

Ver-te assim, desnudado, transparente, expondo esse teu coração ansioso em grito pungente,
clamando pela esperança que acredito, virá.
Descobrir-te.
Tão jovem, com tanto mundo nos ombros.

Caminhas sobre passos teus, que foram, são, ainda meus e de outros que já cá não andam.
Passos, que se repetem, gastam, partem, permanecem, regressam num eterno e circular retorno.
Tu, nós, eles, todos no mesmo grito,
o da vida, promessa que se anuncia, nasce, cresce, se afirma, avança, esfuma, fenece e renasce.

Sonha sempre, atreve-te, acredita, 
por efémera que te pareça a quimera.

És!
Humilde, mas bem maior do que pensas.
Gravaste, singela, a tua pegada no hall of fame
prolongando Seres para além do tempo presente,
sabendo que existes,
sempre

apenas 
enquanto alguém ainda disser o teu nome.

Francisco!




* Há um jovem que muito me inspira e por quem sinto uma enorme admiração e orgulho, por tudo o que tem conquistado com tanta abnegação, espírito de sacrifício e resiliência. Tenho a enorme sorte e o prazer de fazer parte da sua vida. 

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